Matéria original de New England Patriots.
A estreia de Tom Brady na temporada 2016, após quatro jogos de suspensão, foi muito celebrada pela equipe e torcedores. A primeira semana de trabalho não teve entrevistas do quarterback, mas depois de um retorno de sucesso, com passes para mais de 400 jardas na vitória sobre o Browns, Brady conversou com a mídia sobre a sensação de voltar a campo e as expectativas para o jogo contra o Bengals.
Confira a entrevista:
Questão: Você estava muito animado para voltar e jogar sua primeira partida da temporada no Gillette Stadium?
Tom Brady: Muito animado. Será um ótimo jogo. Teremos um bom adversário, então acho que a multidão vai se engajar e estaremos prontos para trabalhar.
Toda semana fico ansioso para jogar, e certamente, este será um jogo divertido. É sempre divertido jogar em casa. Temos ótimos fãs e espero que possamos proporcionar muitas alegrias. É um lugar incrível para jogar, então espero que façamos boas jogadas para que os torcedores façam muito barulho durante toda a partida.
Q: Analisando o vídeo, quão satisfeito você ficou com o envolvimento da equipe ofensiva?
TB: Tivemos contribuições de todas as partes do campo, e acho que é isso que faz um bom ataque, não apenas passar a bola para um ou dois caras, mas utilizando bem o campo e lançando para onde eles podem chegar. Você tem que pensar em pontos onde eles podem chegar para buscar a bola ou como fazer chegar até eles para que as jogadas aconteçam. Certamente fizemos um ótimo trabalho na semana passada, mas tudo sempre muda. Em um período de um ano, times avaliarão sua movimentação de forma diferente e tentarão buscar a posse de bola de novas formas, então precisamos ser flexíveis. Mas é por isso que ainda não dá pra saber ao certo como estamos após quatro ou cinco jogos. Precisamos de um tempo para compreender nossos pontos fortes, como a defesa dos adversários vai trabalhar em função desses pontos e como podemos nos adaptar às mudanças que eles estão fazendo também. Esta é a parte divertida da estratégia de jogo: você não pode entrar em campo toda semana com o mesmo plano e dizer "Certo, vamos copiar o que fizemos semana passada e ver se funcionará de novo". Você sempre tem de reinventar durante a temporada e times que conseguem fazer isto são, geralmente, os que registram mais vitórias.
Q: Quais são suas recordações do jogo contra o Bengals em 2014?
TB: Foi há muito tempo! No fim das contas, jogamos bem. E é isso que importa: nossa habilidade de manter o foco em um time específico, um jogo e oponente. Assim fizemos um bom trabalho naquele dia e é isso que estamos fazendo esta semana.
Q: O Patriots era um time muito perigoso naquela semana, depois do que aconteceu com a perda para o Kansas City. Você acha que o Bengals pode viver a mesma situação após o resultado decepcionante contra o Dallas, na semana passada?
TB: Eles são muito talentosos, com um grupo muito bom de jogadores e, o mais importante, com uma boa estratégia comprovadamente vencedora durante muitos anos. Eles ganharam em sua divisão em dois dos últimos três anos, e vários que estavam lá em 2014 continuam no time. O técnico eles tem um bom esquema montado com os atletas que foram mantidos. São disciplinados, vão empenhar todos os seus esforços.
Q: O que Rob Gronkowski e Martellus Bennett fazem por você como QB?
TB: Martellus tem sido tão produtivo, mesmo estando aqui há pouco tempo. Gronk ficando mais recuado foi algo importante para nosso ataque porque o adversário era muito dinâmico. Ambos são jogadores únicos. É ótimo porque, em um dos passes para TD, a marcação ficou em cima do Gronk, abrindo espaço para o Martellus. É isso que faz um bom time ofensivo. Quando colocam dois da defesa em cima de uma pessoa é ótimo, porque um ofensivo fica menos visado e você pode aproveitar oportunidades para o ataque avançar.
Q: Qual a sua opinião sobre suas outras "armas", como o próprio Bennett e Chris Hogan?
TB: Eles todos jogaram muito bem nestas primeiras cinco semanas. O importante é "distribuir" a bola. Correndo ou fazendo passes, todos tem que cumprir seu papel. Um exemplo foi o passe longo para Hogan. Posso dizer que ele seria um dos últimos caras para quem eu lançaria naquela jogada, mas ele estava bem posicionado, com espaço. Você nunca sabe quando seu número vai ser chamado. Quando acontece, precisa que aproveitar.