Na quarta-feira, 28/12, o capitão da defesa do New England Patriots, Devin McCourty, encontrou-se com a imprensa em Foxboro. Confira alguns dos principais pontos da entrevista coletiva.
Questão: Você tem a oportunidade de finalizar a temporada regular sem derrotas em jogos fora de casa. No que esse resultado está relacionado à "resistência mental" do grupo?
Devin: Acredito que seja um grande motivo de orgulho para nós. A "resistência mental" começa no traning camp com as diferentes orientações que o técnico nos passa. Por exemplo: alguns times praticaram em boas condições climáticas ou em locais cobertos, nós treinamos em mal tempo, tentando melhorar mesmo em situações adversas. Passamos por isso torcendo para que esse esforço tenha reflexo na temporada e acho que, no nosso caso, foi visível no resultado dos jogos fora de casa. Teremos mais um teste em Miami, uma equipe que teve uma boa temporada e conseguiu bons resultados desde nosso último encontro, então sabemos que será um ambiente hostil. Vencer a partida será uma grande conquista para nós, teremos um grande desafio. Não ganhamos em Miami há três anos, então é uma responsabilidade. Vamos fazer de tudo para jogar bem.
Q: Você fala sobre praticar sob mal tempo mas as condições da Flórida são bem diferentes das enfrentadas em New England.
DM: Sim, não temos como treinar nas mesmas condições, mas a preparação mental do treino em situações adversas nos ajuda a enfrentar qualquer adversidade, de partidas no frio extremo em Denver até o clima mais quente de Miami.
Q: Qual o desafio de tentar tackles em alguém como Jay Ajayi, que não teme um jogo mais físico?
DM: O desafio é que ele não cai com facilidade, sempre tenta evitar tackles, se desvencilhar, coloca muita pressão na defesa. O resultado costuma aparecer na segunda metade dos jogos, quando a defesa não consegue se armar, cansa e ele avança mais jardas. É difícil continuar tentando bloqueá-lo por tanto tempo.
Q: O que você sabe sobre Matt Moore?
DM: Ele é um veterano contra o qual jogamos há alguns anos, quando era quarterback titular em Miami. Ele foi titular e liderou uma equipe, então não está em uma situação nova. Eu imagino que o time tenha muita confiança nele como jogador por sua liderança e pela experiência que agrega. Ele tem feito tudo que o ataque precisa que ele faça, criando grandes jogadas, passando bem a bola para as pessoas certas.
Q: O que faz Jarvis Landry mais perigoso agora do que no início da temporada?
DM: Ele é muito competitivo, luta por cada jarda. É muito forte e recebe a bola de tantas formas diferentes. Acho que a chave para pará-lo – e é muito difícil derrubá-lo – é pressioná-lo colocando vários jogadores a sua volta.
Q: Quanto orgulho sente quando consegue parar um atleta ou derrubá-lo? Quanto trabalho isso demanda a cada semana?
DM: Tenho muito orgulho. Acho que pela nossa posição – eu, Duron [Harmon], [Patrick] Chung, os laterais – quando perdemos um tackle de 12 a 15 jardas, isso torna-se 50-60 jardas. Então temos que nos orgulhar do que fazemos. Todos nós trabalhamos nisso todos os dias nos treinos.
Q: Matt Moore é um quarterback com menos movimentação que Ryan Tannehill?
DM: Sim, acho que ele não é um cara que não consegue movimentar-se. Se ele precisa, ele busca maior mobilidade, mas obviamente Ryan Tannehill tem outra abordagem por sua agilidade de ex-receiver. Mas, de qualquer forma, ele consegue fazer jogadas difíceis também. Eles tem visões bem similares sobre o que a equipe vem fazendo este ano, são apenas estilos diferente. Nessa situação, o time tem que organizar-se e deixá-lo fazer seu melhor, de acordo com seus pontos fortes.