"Cinco jardas é muito na NFL, por isso vamos ver o que é que os [nossos] treinadores fazem com a estratégia," disse Gostkowski. "Eu vou estar preparado para o que eles quiserem, se quiserem que eu levante mais a bola e não a chute 30 jardas, vou fazer isso; se quiserem que eu bata forte e faça* touchbacks*, então faço isso. [Vou fazer] o que quer que seja que os treinadores queiram que eu faça e seja melhor para a equipa na altura."
O pensamento do treinador Bill Belichick é fácil de compreender. Recentemente explicou que como o início das descidas está cada vez mais distante da linha final da equipa que ataca, por vezes vale mais correr alguns riscos na esperança de obrigar o início a ser numa linha mais recuada
"Não lhes vamos dar um quarto ou 25 por cento do campo," disse Belichick. "Vamos obrigá-los a ganhar todas as jardas em que conseguirem levar a bola."
"Nós temos muitos jogadores que são muito bons na cobertura dos kicks e que trabalham imenso para serem bons nisso," acrescentou Gostkowski. "Vai ser divertido dar-lhes a oportunidade de fazerem jogadas."
E foi exatamente isso que aconteceu no jogo contra Arizona.
O primeiro *kickoff *de Stephen Gostkowski caiu bem no fundo da end zone, para um *touchback *que deu a bola a Arizona na linha de 25 jardas. Mas, os dois que se seguiram já foram bastante diferentes, a bola foi mais alta e também mais curta. Uma resultou num retorno curto, a outra caiu à entrada da end zone e foi retornada até à linha de 21 jardas, portanto em ambos os casos vantagem para os Patriots.
No primeiro pontapé da segunda parte tivemos o mesmo cenário, pontapé longo e* touchback.* No segundo, Andre Ellington recebeu a bola na linha de 5 jardas e conseguiu chegar até às 21, portanto aquém da linha do* touchback*.
Mas o melhor estava para vir no terceiro e último kickoff do dia. Com os Patriots a protegerem a curta vantagem de 23-21 e com escassos 3:43 para o final do jogo, o pontapé saiu alto e curto e o retorno de Ellington parou na linha de 17 jardas, mas teve de recuar até à linha de oito jardas devido a uma falta cometida por um dos jogadores de Arizona. Ou seja, na última descida Arizona teve de partir muito perto da sua linha final.
Para Bill Belichick esta foi uma jogada de capital importância.
Depois de salientar que decidira tentar "deixá-los o mais distantes possível [do nosso end zone]," algo que teve início no pontapé de Gostkowski, Belichick elogiou a cobertura de Patrick Chung e Cyrus Jones, dizendo "penso que foi ele quem provocou a falta," e o fato da sua equipa ter desempenhado de maneira quase perfeita a sua estratégia.
"Foi uma grande jogada situacional naquela altura, e no fim foram jardas que lhes fizeram falta [a eles] no outro lado do campo," explicou Belichick.
Num jogo em que por vezes uma só jarda faz a diferença entre a vitória e a derrota, os Patriots sairam com larga vantagem neste confronto situacional. Ellington retornou quatro de seis kickoffs, num total de 61 jardas. Os Patriots iniciaram as suas descidas em média na linha de 25 jardas, os Cardinals na linha de 18, ou seja uma vantagem de 7 jardas por descida nos kickoffs.
Nomeado Jogador da Semana de Special Teams na NFL
Obviamente a exibição de Gostkowski não passou despercebida porque na quarta-feira foi anunciado que o* kicker* dos Patriots foi nomeado 'Jogador da Semana' na NFL entre as Equipas Especiais.
Para esta temporada, quando os kickoffs que forem cair na end zone não forem retornados, a descida que se segue tem início na linha de 25 jardas e não na de 20 como nos anos anteriores. Em 2015, 69 dos 99 kickoffs de Stephen Gostkowski não foram retornados, uma média de 69,9 por cento, e mesmo os que foram retornados só ganharam uma média de 18,8 jardas.
Por isso, havia um certo receio de que a eficácia de Gostkowski neste tipo de jogada fosse afetada de forma negativa.
Mas quem assim pensava não conhece nem Gostkowski nem os Patriots. Em Agosto, em entrevista concedida à 'Sports Illustrated', Gostkowski deixou bem claro que a mudança estava a ser devidamente estudada pela equipa técnica, e que os Patriots iriam reagir consoante a situação do jogo.
"Cinco jardas é muito na NFL, por isso vamos ver o que é que os [nossos] treinadores fazem com a estratégia," disse Gostkowski. "Eu vou estar preparado para o que eles quiserem, se quiserem que eu levante mais a bola e não a chute 30 jardas, vou fazer isso; se quiserem que eu bata forte e faça* touchbacks*, então faço isso. [Vou fazer] o que quer que seja que os treinadores queiram que eu faça e seja melhor para a equipa na altura."
O pensamento do treinador Bill Belichick é fácil de compreender. Recentemente explicou que como o início das descidas está cada vez mais distante da linha final da equipa que ataca, por vezes vale mais correr alguns riscos na esperança de obrigar o início a ser numa linha mais recuada
"Não lhes vamos dar um quarto ou 25 por cento do campo," disse Belichick. "Vamos obrigá-los a ganhar todas as jardas em que conseguirem levar a bola."
"Nós temos muitos jogadores que são muito bons na cobertura dos kicks e que trabalham imenso para serem bons nisso," acrescentou Gostkowski. "Vai ser divertido dar-lhes a oportunidade de fazerem jogadas."
E foi exatamente isso que aconteceu no jogo contra Arizona.
O primeiro *kickoff *de Stephen Gostkowski caiu bem no fundo da end zone, para um *touchback *que deu a bola a Arizona na linha de 25 jardas. Mas, os dois que se seguiram já foram bastante diferentes, a bola foi mais alta e também mais curta. Uma resultou num retorno curto, a outra caiu à entrada da end zone e foi retornada até à linha de 21 jardas, portanto em ambos os casos vantagem para os Patriots.
No primeiro pontapé da segunda parte tivemos o mesmo cenário, pontapé longo e* touchback.* No segundo, Andre Ellington recebeu a bola na linha de 5 jardas e conseguiu chegar até às 21, portanto aquém da linha do* touchback*.
Mas o melhor estava para vir no terceiro e último kickoff do dia. Com os Patriots a protegerem a curta vantagem de 23-21 e com escassos 3:43 para o final do jogo, o pontapé saiu alto e curto e o retorno de Ellington parou na linha de 17 jardas, mas teve de recuar até à linha de oito jardas devido a uma falta cometida por um dos jogadores de Arizona. Ou seja, na última descida Arizona teve de partir muito perto da sua linha final.
Para Bill Belichick esta foi uma jogada de capital importância.
Depois de salientar que decidira tentar "deixá-los o mais distantes possível [do nosso end zone]," algo que teve início no pontapé de Gostkowski, Belichick elogiou a cobertura de Patrick Chung e Cyrus Jones, dizendo "penso que foi ele quem provocou a falta," e o fato da sua equipa ter desempenhado de maneira quase perfeita a sua estratégia.
"Foi uma grande jogada situacional naquela altura, e no fim foram jardas que lhes fizeram falta [a eles] no outro lado do campo," explicou Belichick.
Num jogo em que por vezes uma só jarda faz a diferença entre a vitória e a derrota, os Patriots sairam com larga vantagem neste confronto situacional. Ellington retornou quatro de seis kickoffs, num total de 61 jardas. Os Patriots iniciaram as suas descidas em média na linha de 25 jardas, os Cardinals na linha de 18, ou seja uma vantagem de 7 jardas por descida nos kickoffs.
Nomeado Jogador da Semana de Special Teams na NFL
Obviamente a exibição de Gostkowski não passou despercebida porque na quarta-feira foi anunciado que o* kicker* dos Patriots foi nomeado 'Jogador da Semana' na NFL entre as Equipas Especiais.
Para além dos* kickoffs e dos dois pontos extra, Gostkowski também converteu field goals* de 47, 53 e 32 jardas.
Esta é a quarta vez na sua carreira que Gostkowski é nomeado 'Jogador da Semana' na NFL entre as Equipas Especiais na AFC, algo que aconteceu previamente em Outubro de 2008, Outubro de 2009 e Setembro de 2015.
"É sempre bom sair com um bom começo, mas um jogo é apenas um jogo, como sabe," disse Gostkowski quando foi informado do prémio. "Bem ou mal, tu tens que virar a página. Não há tempo na NFL, especialmente para um especialista, para dar palmadinhas nas costas. É o tipo de trabalho de semana-a-semana, jogo-a-jogo, pontapé-a-pontapé. Por isso não sou o tipo de pessoa que ir dar uma volta ao campo. Gostei muito da vitória."
Não obstante não querer ser o centro de atenções, o trabalho e dedicação à sua arte são qualidades apreciadas no balneário, especialmente por quem trabalha mais diretamente com ele, designadamente o long snapper Joe Cardona e o* punter/holder* Ryan Allen.
"O Steve merece," comentou Cardona. "Ele trabalha arduamente para aperfeiçoar a sua arte e o seu foco é... realmente um exemplo que eu também tento seguir. Ele é muito bom no que faz."
"Isto só mostra," acrescentou Allen, "como durante a sua carreira podemos ver como ele é consistente e a forma como ele aborda situações no jogo... só vendo como ele se prepara para isso [compreendemos porque motivo] ele é tão consistente. Quero dizer, o seu foco está lá e ele tenta fazer sempre a mesma coisa.
"Ele é profissional no que faz. Ele compreende a sua mecânica e as situações e [a parte] mental do jogo. Ele já percebeu isso, obviamente, porque é o recordista."
Os pontos altos da sua carreira
Mesmo com as várias alterações nas regras que têm dificultado a vida a muitos kickers na NFL, Stephen Gostkowski continua a subir na lista dos melhores de todos os tempos.
Assim, em 2011 o kickoff subiu da linha de 30 jardas para a de 35, o ano passado o extra point passou a ser cobrado da linha de 15 jardas e não na de duas e este ano foi a história dos kickbacks. No meio de tudo isso o que se mantem inalterável é a regularidade de Stephen Gostkowski.
Escolhido na quarta ronda do draft de 2006, da University of Memphis, onde também jogou baseball, Stephen Gostkowski é um dos melhores *kickers *da história da NFL em termos de percentagem de concretizações.
Assim, tornou-se no segundo kicker na NFL a conseguir 500 pontos nas suas quatro primeiras temporadas na liga, e, não obstante ter falhado metade da época de 2010 devido a lesão, foi o primeiro até agora a conseguir 1.000 nas suas primeiras oito temporadas.
Também lhe pertence o record de média de pontos por jogo numa carreira (8.75), e foi o primeiro jogador a ser melhor marcador da liga em mais de duas épocas consecutivas (2012–2015), também já o havia feito em 2008.
A média de conversão de 87 por cento é a terceira melhor da história da NFL entre os kickers que tentaram mais de 100 kicks na sua carreira e por quatro vezes foi escolhido para a Equipa Ideal da liga, Pro Bowler.
Mesmo nos pontapés de longa distância não lhe falha a pontaria, tendo acertado em 18 dos 23 de mais de 50 jardas, incluindo aquele que fez a diferença no domingo passado em Arizona.
Foi ele quem conseguiu um mínimo de dois* field goals* no maior número consecutivos de jogos, 19, entre 2013 e 2014 e é também detentor do record de extra points consecutivos, uma série de 523, interrompida a 16 de Janeiro na derrota em Denver.
Recordista dos Patriots
A 14 de Dezembro de 2014 tornou-se no melhor marcador da história do New England Patriots com um* field goal* de 35 jardas durante o terceiro período no triunfo, 41-13, sobre o Miami Dolphins, curiosamente o adversário de domingo em Foxboro.
Aqueles três pontos aumentaram, na altura, o seu total para 1.165 pontos, divididos entre 239* field goals* e 448 extra points, superando assim a marca que pertencia a Adam Vinatieri, ironicamente um ícone na história dos Patriots, pois os seus* field goals *foram decisivos na conquista de três Super Bowls.
"São precisos muitos jogos, muitos snaps, para se conseguir isso, e certamente é um tributo aos dois, a durabilidade, longevidade e produção obviamente consistente que ambos tiveram," disse o treinador Bill Belichick na altura. "Por isso, eu sinto-me realmente feliz por ter treinado e ter tido jogadores assim na nossa equipa, e eles os dois em particular tiveram um dia bom como têm tido muitos bons dias na sua carreira. Sinto-me realmente afortunado por ter esses rapazes nesta equipa."
Atendendo ao desempenho recente, é para continuar.
Para além dos* kickoffs e dos dois pontos extra, Gostkowski também converteu field goals* de 47, 53 e 32 jardas.
Esta é a quarta vez na sua carreira que Gostkowski é nomeado 'Jogador da Semana' na NFL entre as Equipas Especiais na AFC, algo que aconteceu previamente em Outubro de 2008, Outubro de 2009 e Setembro de 2015.
"É sempre bom sair com um bom começo, mas um jogo é apenas um jogo, como sabe," disse Gostkowski quando foi informado do prémio. "Bem ou mal, tu tens que virar a página. Não há tempo na NFL, especialmente para um especialista, para dar palmadinhas nas costas. É o tipo de trabalho de semana-a-semana, jogo-a-jogo, pontapé-a-pontapé. Por isso não sou o tipo de pessoa que ir dar uma volta ao campo. Gostei muito da vitória."
Não obstante não querer ser o centro de atenções, o trabalho e dedicação à sua arte são qualidades apreciadas no balneário, especialmente por quem trabalha mais diretamente com ele, designadamente o long snapper Joe Cardona e o* punter/holder* Ryan Allen.
"O Steve merece," comentou Cardona. "Ele trabalha arduamente para aperfeiçoar a sua arte e o seu foco é... realmente um exemplo que eu também tento seguir. Ele é muito bom no que faz."
"Isto só mostra," acrescentou Allen, "como durante a sua carreira podemos ver como ele é consistente e a forma como ele aborda situações no jogo... só vendo como ele se prepara para isso [compreendemos porque motivo] ele é tão consistente. Quero dizer, o seu foco está lá e ele tenta fazer sempre a mesma coisa.
"Ele é profissional no que faz. Ele compreende a sua mecânica e as situações e [a parte] mental do jogo. Ele já percebeu isso, obviamente, porque é o recordista."
Os pontos altos da sua carreira
Mesmo com as várias alterações nas regras que têm dificultado a vida a muitos kickers na NFL, Stephen Gostkowski continua a subir na lista dos melhores de todos os tempos.
Assim, em 2011 o kickoff subiu da linha de 30 jardas para a de 35, o ano passado o extra point passou a ser cobrado da linha de 15 jardas e não na de duas e este ano foi a história dos kickbacks. No meio de tudo isso o que se mantem inalterável é a regularidade de Stephen Gostkowski.
Escolhido na quarta ronda do draft de 2006, da University of Memphis, onde também jogou baseball, Stephen Gostkowski é um dos melhores *kickers *da história da NFL em termos de percentagem de concretizações.
Assim, tornou-se no segundo kicker na NFL a conseguir 500 pontos nas suas quatro primeiras temporadas na liga, e, não obstante ter falhado metade da época de 2010 devido a lesão, foi o primeiro até agora a conseguir 1.000 nas suas primeiras oito temporadas.
Também lhe pertence o record de média de pontos por jogo numa carreira (8.75), e foi o primeiro jogador a ser melhor marcador da liga em mais de duas épocas consecutivas (2012–2015), também já o havia feito em 2008.
A média de conversão de 87 por cento é a terceira melhor da história da NFL entre os kickers que tentaram mais de 100 kicks na sua carreira e por quatro vezes foi escolhido para a Equipa Ideal da liga, Pro Bowler.
Mesmo nos pontapés de longa distância não lhe falha a pontaria, tendo acertado em 18 dos 23 de mais de 50 jardas, incluindo aquele que fez a diferença no domingo passado em Arizona.
Foi ele quem conseguiu um mínimo de dois* field goals* no maior número consecutivos de jogos, 19, entre 2013 e 2014 e é também detentor do record de extra points consecutivos, uma série de 523, interrompida a 16 de Janeiro na derrota em Denver.
Recordista dos Patriots
A 14 de Dezembro de 2014 tornou-se no melhor marcador da história do New England Patriots com um* field goal* de 35 jardas durante o terceiro período no triunfo, 41-13, sobre o Miami Dolphins, curiosamente o adversário de domingo em Foxboro.
Aqueles três pontos aumentaram, na altura, o seu total para 1.165 pontos, divididos entre 239* field goals* e 448 extra points, superando assim a marca que pertencia a Adam Vinatieri, ironicamente um ícone na história dos Patriots, pois os seus* field goals *foram decisivos na conquista de três Super Bowls.
"São precisos muitos jogos, muitos snaps, para se conseguir isso, e certamente é um tributo aos dois, a durabilidade, longevidade e produção obviamente consistente que ambos tiveram," disse o treinador Bill Belichick na altura. "Por isso, eu sinto-me realmente feliz por ter treinado e ter tido jogadores assim na nossa equipa, e eles os dois em particular tiveram um dia bom como têm tido muitos bons dias na sua carreira. Sinto-me realmente afortunado por ter esses rapazes nesta equipa."
Atendendo ao desempenho recente, é para continuar.