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LIVE: Patriots Catch-22, 2 PM - 4 PM Thu Nov 21 | 02:00 PM - 04:15 PM

Michael Floyd fala à comunicação social

Foi tema de várias conferências de imprensa durante a semana, pois a sua situação foi apresentada a colegas de equipa e elementos da equipa técnica. Na sexta-feira foi a vez de Michael Floyd enfrentar um batalhão de jornalistas e finalmente comentar o incidente que o trouxe até Foxboro.

Até agora ainda não tinha sido colocado ao dispor dos jornalistas. Por isso, nos primeiros dias da semana, estes tentaram obter opiniões dos colegas de equipa e também da equipa técnica sobre o que pensavam de Michael Floyd e do incidente da semana passada que resultou na sua dispensa por parte do Arizona Cardinals e subsequente mudança para o New England Patriots.

Finalmente, depois da conclusão do treino de sexta-feira, Michael Floyd disponibilizou-se para falar à comunicação social.

Saliente-se que a situação de Michael Floydtem sido tema constante durante toda a semana nos vários programas de linha aberta nas duas estações de rádio da zona de Boston que falam exclusivamente de desporto, e também nos programas desportivos da televisão na área da grande Boston.

O vídeo filmado pela polícia por altura da sua detenção no passado dia 12 em Scottsdale, no Arizona, foi distribuído a meio da semana e mostrou o jogador adormecido ao volante do carro, parado num semáforo. Diga-se que não são imagens simpáticas.

AS EXPLICAÇÕES DE MICHAEL FLOYD

O jogador esperou calmamente que todos ligassem os seus gravadores e fez uma declaração antes que fossem colocadas quaisquer questões.

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"Eu quero apenas começar por dizer que compreendo que o que aconteceu na semana passada foi na semana passada," disse Floyd. "Estou entusiasmado pela minha oportunidade aqui e por ser um Patriot e [estar] com um grande grupo de rapazes, um grande grupo de treinadores e uma organização que só trata bem as pessoas."

Quando lhe perguntaram como têm sido os dias desde o incidente e a dispensa do único clube que conhecera na NFL,Michael Floydrespondeu que está a tentar "não pensar nisso. Os treinadores e os jogadores da equipa [estão] a tentar manter-me focado, e eu estou a manter-me concentrado na tarefa que tenho nas mãos, que é jogar no sábado e preparar-me para isso. Foi isso que tenho feito até agora."

Vários jornalistas quiseram saber como é queMichael Floyd se tinha metido numa situação daquelas.

"Penso que todos nós cometemos erros na nossa vida," foi a resposta dada. "Agora trata-se de aprender com os erros. Penso que eu não poderia estar numa melhor posição, agora com esta equipa. Os jogadores que eles têm cá, mantêm-me focado e a trabalhar arduamente."

"Eu penso que, com esta organização, trouxeram-me para cá e parece que já cá estou há quatro ou cinco anos. Nada mudou mesmo, aqui é como uma espécie de lugar controlado pela família."

Este foi um tema que Michael Floyd repetiu.

"Estou entusiasmado por ser um Patriot e estar aqui," disse Floyd. "Estou entusiasmado. Não poderia estar num lugar melhor. Chegar a uma equipa nova, vejo como é que eles fazem as coisas e como abordam as situações, e como estão sempre a ganhar. Estou grato por estar aqui numa equipa vencedora."

A concluir, reconheceu que teve sorte por ter vindo para os Patriots, uma organização com raízes profundas na comunidade, pelo que para si "agora, individualmente, é só aprender e seguir em frente. Isso é o que escolhi fazer."

A última pergunta foi direta ao assunto. Por que motivo decidira conduzir quando estava naquela situação?

"É uma escolha," respondeu Floyd. "A única coisa que posso é fazer é aprender com isso e seguir em frente."

Os Patriots esperam que as respostas fornecidas porMichael Floyd possam colocar um ponto final na situação, pois normalmente não são permitidas no balneário distrações relacionadas com incidentes, como é o caso, que nada tenham a ver com o football.

O QUE DISSERAM OS NOVOS COLEGAS DE EQUIPA

A temporada está numa fase decisiva, pois os Patriots pretendem acabar com o melhor palmarés para assegurarem que os dois jogos dos play-offs sejam disputados no Gillette Stadium, evitando assim a repetição do que aconteceu em Janeiro.

Por isso qualquer distração decididamente não é bem-vinda.

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"Eu penso que é algo que o treinador (Bill) Belichick prega: 'Para os jogadores, falem por vós próprios,'" disse o safety Devin McCourty, um dos capitães de equipa, durante a sua conferência de imprensa. "Não há nada que eu possa comentar ou dizer sobre [a situação de Michael Floyd]. Resume-se tudo a ver se nos ajuda a ganhar um jogo de football, ou se não ajuda a ganhar um jogo de football. Obviamente, eu penso que para nós como jogadores, o nosso objetivo é estar preparado para jogar no sábado, e isso é algo em que nós temos que estar focados. 

"Penso que se tu começas a falar sobre as distrações e coisas diferentes, ficas desprevenido e isso torna-te incapaz de te preparares bem, e depois vais para o campo e perdes um jogo, penso que isso é o que realmente te prejudica."

Por sua vez Matthew Slater, outro dos capitães de equipa, salientou que "há muitas coisas que as pessoas irão dizer e fazer e emitirem opiniões fora deste edifício, e nós tentamos ignorar isso da melhor forma possível, pois isso realmente não tem qualquer influência sobre quem somos e como nós tratamos dos nossos assuntos diariamente."
"Por isso, nós tentamos bloquear esse ruído o melhor que pudermos, concluiu Matthew Slater. "Obviamente, algumas coisas vão sair para fora de vez em quando, mas eu acho que o treinador [Bill Belichick] faz um ótimo trabalho a reconcentrar-nos, vivendo apenas o dia-a-dia e fazendo o que precisamos fazer para cuidar dos nossos trabalhos."

Tom Brady, na sexta-feira ao fim da manhã, disse: "eu não estou focado em nada disso. Quer dizer, eu não tomo decisões desse género. Estou apenas a tentar focar-me naquilo que tenho que fazer esta semana e se isso for tentar trabalhar com coisas de football com certos jogadores, é isso que eu vou fazer."

Curiosamente, o treinador do adversário de sábado, o New York Jets, foi durante dois anos coordenador ofensivo dos Cardinals, onde trabalhou com Michael Floyd.

"Estive com o [Michael] Floyd dois anos, sim," confirmou Todd Bowles. "Ele consegue descer no campo e saltar mais alto para agarrar os passes longos. Ele é um receiver muito bom. Trabalhou arduamente enquanto eu lá estive. O Mike e eu tínhamos um bom relacionamento e desejo-lhe tudo de bom."

Bowles acrescentou ainda que Michael Floyd"é muito inteligente", e que o plano de jogo está preparado para a eventualidade do seu antigo pupilo fazer a estreia pelos Patriots no sábado.

"Sim, estamos a preparar-nos para ele," confirmou Bowles. "Eles têm alguns bons receivers, por isso compreendo se ele não jogar. E compreendo se o fizer. Vai ser difícil passar à frente dos jogadores que eles têm colocado a jogar."

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Obviamente não há garantias de que Floyd vá a jogo frente aos Jets, pois Bill Belichick limitou-se a dizer que "vamos tentar, mas eu não sei. Teremos que ver como as coisas correm."

Já Josh McDaniels, o coordenador ofensivo dos Patriots, mostrou-se mais otimista.

"Ele [Floyd] fez um bom trabalho [nos treinos], ele tem uma grande atitude, por isso estamos ansiosos por vê-lo nos treinos para que ele se possa adaptar realmente aos outros [colegas]," disse Josh McDaniels. "Gosto da sua atitude e da sua abordagem. Ele estava entusiasmado e animado para estar aqui, e estamos felizes por estar connosco."

TOM BRADY ANALISA AS POSSIBILIDADES PARA MICHAEL FLOYD

Após o final do treino de sexta-feira, no diálogo com a comunicação social, Tom Brady falou do seu novo colega de equipa, mas apenas sobre questões relacionadas com o football.

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Brady começou por dizer que tem trabalhado com Michael Floyd durante a semana "tanto quanto podemos. Ele só está cá há um curto período de tempo, por isso há muito tempo perdido para recuperar, especialmente para ele como receiver no nosso ataque, mas ele está a trabalhar arduamente nesse sentido."

Tom Brady reconhece as dificuldades que Michael Floyd vai encontrar para poder enquadrar-se no sistema de jogo da equipa e na coordenação das jogadas com o seu* quarterback*.

"Penso que é tudo uma questão de tempo," afirmou Brady. "Não penso que seja uma coisa fácil de fazer, de maneira nenhuma. É por isso que a época baixa é tão valiosa, para fazer esse trabalho. Estamos muito adiantados na temporada, mas vamos fazer as coisas em que ele tem confiança, e que os treinadores estejam confiantes que ele pode fazer bem, e vamos ver se conseguimos fazer algo positivo."

A concluir um dos jornalistas quis saber se Tom Brady estava entusiasmado por poder trabalhar com um receiver assim tão alto e forte [6 pés-2, 1,87 metros, e 220 libras, 100 quilos].

"Nós temos acrescentado jogadores diferentes como o Steven Jackson na ponta final da última temporada, e tentamos – eu penso que nós adicionamos jogadores diferentes em alturas diferentes," respondeu Brady. "Nunca se sabe o que vai acontecer e não quero prever o que vai acontecer porque realmente não se sabe. Espero que sejam muitas jogadas completadas. Isso é o que todos desejam."

O contrato de Michael Floyd acaba no fim da temporada, por isso o seu futuro, em termos de football, vai depender muito das exibições que conseguir nestes dois últimos jogos e nos play-offs.

Uma escolha de primeira ronda do Arizona Cardinals no draft de 2012, Michael Floyd poderá ser arma importante para Tom Brady, pois tem características muito diferentes dos restantes receivers *dos Patriots, sendo conhecido como ameaça nos passes longos. Nas cinco temporadas que esteve em Arizona acumulou 23 *touchdowns, 3.739 jardas e 242 receções, com uma média de 15,5 jardas por receção. Um desses touchdowns surgiu no primeiro da temporada, contra os Patriots, quando ultrapassou Malcolm Butler.

E, claro, com a lesão de Danny Amendola, os Patriots têm presentemente apenas três receivers, pelo que qualquer ajuda que Michael Floyd possa dar ao ataque será bastante importante.

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