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LIVE: Patriots Monday (WEEI Simulcast) Mon Dec 30 | 09:00 AM - 06:00 PM

O ataque dos Patriots prepara-se para tentar surpreender Atlanta

A entrada a grande velocidade apanhou de surpresa a defesa de Pittsburgh na final da AFC e permitiu ao ataque conseguir 36 pontos. E contra Atlanta como será? Hoje, Josh McDaniels, o coordenador ofensivo dos Patriots, começa a dar os primeiros detalhes a Tom Brady e ao seu ataque.

O jogo frente a Pittsburgh foi um bom exemplo sobre a forma como os Patriots funcionam. Todas as semanas o plano de jogo muda, dependendo das características do adversário e dos possíveis pontos fracos que são detetados no estudo dos filmes dos jogos. É por isso que os adversários sentem tantas dificuldades em preparar os confrontos contra os Patriots.

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"Eu penso que todas as semanas [na preparação] tentamos olhar para o grupo de jogadores que temos [disponíveis] e a forma como eles nos podem ajudar a sermos produtivos no ataque, de muitas maneiras diferentes e em diferentes funções," explicou Josh McDaniels, o coordenador ofensivo dos Patriots. "Tu tens que ver quem está disponível e veres como é que a outra equipa joga contra ti, ou como é que tu pensas que eles vão jogar contra ti nesses agrupamentos, e a seguir tentas tomar as melhores decisões possíveis para ganhar a maior vantagem possível."

"O mais importante é que tu estás a tentar colocar os teus jogadores em posição de poderem ter algum sucesso fazendo as coisas que eles fazem bem."

Foi precisamente isso que aconteceu na semana passada. Depois de analisado o filme dos jogos de Pittsburgh, Josh McDaniels e Bill Belichick decidiram que entrar em campo com o ataque em modo 'hurry up' seria a forma mais eficaz para surpreender a defesa adversária.

"Aquele primeiro drive apanhou-nos de surpresa," confessou o linebacker Bud Dupree em declarações prestadas ao jornal Pittsburgh Post-Gazette. "Eles [os Patriots] entraram a todo o gás e apanharam-nos de surpresa. Nós mudávamos, e eles trocavam ao mesmo tempo. Tiro o chapéu a essa equipa. Eles tiveram uma preparação tremenda."

"Nós realmente não antecipámos isso," acrescentou Dupree. "[O problema] esteve mais na abordagem que fizeram através do no-huddle, as mudanças que fizeram de forma imediata. Foi um grande trabalho do Tom Brady".

COMO SE ELABORA O PLANO DE JOGO

Josh McDaniels explicou de seguida que o plano de jogo das três unidades está relacionado, pois depende do treinador "Bill [Belichick], que faz um excelente trabalho a identificar para nós como é que todos nós encaixamos os nossos planos de forma a que se complementem e resultem no melhor sucesso."

Portanto depois de cada uma das três unidades --ataque, defesa e equipas especiais-- receber as suas instruções de Bill Belichick, cada coordenador elabora o plano mais adequado, sempre baseado no que aprenderam através da visualização dos filmes dos jogos da equipa adversária.

"Há muitas coisas, quer seja nos jogadores ou nas formações ou no ritmo, por vezes é tentar usar o passe longo para avançar no terreno, outras vezes talvez seja passes curtos, ou correr para o exterior, [ou] correr para o interior," explicou McDaniels. "Há muitas variáveis que poderíamos utilizar, mas em última análise, estamos a tentar tomar as decisões que pensamos que nos dão a melhor hipótese de termos sucesso. Quer seja, como eu disse, com quatro receivers em campo, ritmo [veloz], ou muitos outros fatores que entram em jogo, penso que tentamos tomar todas as decisões em termos do que é melhor para a equipa."

Os problemas começam a surgir quando o adversário faz ajustamentos rápidos. Quando assim acontece, é necessário responder também muito rapidamente e o sucesso depende da capacidade de reação dos jogadores.

"Em última análise, tudo se resume ao que os nossos jogadores fizerem dentro do campo," reconheceu Josh McDaniels. "Se o ritmo for rápido, lento, com huddle, sem huddle, pessoal pequeno, pessoal grande, se os conseguirmos bloquear bem e correr bem e completar passes e fazer receções e proteger a bola, geralmente teremos uma boa oportunidade de ter sucesso, e como eu disse que o crédito vai exclusivamente para os jogadores."

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Josh Mc Deniels salientou que grande parte do sucesso deste plano de jogo depende da capacidade de execução dos jogadores, principalmente do* quarterback*, pois Tom Brady "tem uma grande perceção do que se está a passar" e é devido a isso que a equipa tem tido sucesso.

"O que é realmente importante é como nós executamos o que quer que seja que nós temos planeado, porque tentar jogar com rapidez e não conseguir nada significa que sais rapidamente do campo e devolves a bola muito rapidamente à outra equipa," avisou Josh McDaniels.

SISTEMA DEFENSIVO DE ATLANTA NÃO É DESCONHECIDO

O plano de jogo elaborado por Josh McDaniels decerto vai tomar em conta o fato da defesa de Atlanta ser das piores em pontos consentidos (27 entre 32 equipas), em jardas consentidas (25) e no jogo aéreo (28).

Na semana passada, frente a Pittsburgh,Tom Brady converteu 32 de 42 passes, acumulando 384 jardas, o que passou a ser um novo recorde dos Patriots. O* passer rating* de 127,5 foi o quarto melhor da sua carreira.

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"Todos os jogadores no ataque têm a oportunidade de marcar," disse, de forma entusiasmada, o running back LeGarrette Blount. "Nunca se sabe quem é que vai ter um grande jogo, quem vai fazer uma grande exibição. É por isso que têm que fazer a cobertura a todos nós e pôr os pontos nos is e traçar os ts quando jogam contra nós."

Antes de estudar os filmes dos jogos de Atlanta, a equipa técnica dos Patriots já tinha uma vaga ideia da forma como funciona o esquema defensivo do adversário porque o treinador Dan Quinn era o coordenador defensivo do Seattle Seahawks quando as duas equipas se encontraram no Super Bowl XLIX.

"Sim, claro, eles têm algumas características próprias, e claro, os jogadores são diferentes, o que torna [esta defesa] diferente. Mas esquematicamente, há algumas transições," disse Bill Belichick. "Penso que assim à primeira vista, parece que Atlanta exerce um pouco mais pressão do que Seattle, mas Seattle também o fazia às vezes. Penso que em termos gerais os sistemas são muito semelhantes, e os jogadores que se adaptam a esses esquemas– ambas as equipas têm – o Chanceler [Kam] e o [Keanu] Neal. Vá um por um. São semelhantes. Eles jogam numa posição semelhante, numa defesa semelhante. Não estou a dizer que as suas habilidades são as mesmas, mas isso é o que eles fazem. Provavelmente há uma semelhança em termos de habilidade. Mas sim, é muito parecido. O Ricardo Allen joga na parte mais recuada do campo como o [Earl] Thomas fez, e esse tipo de coisa."

Dos onze defesas dos Falcons que participaram em mais de 50% das jogadas frente aos Packers na final da NFC disputada na semana passada, quatro são rookies, e três estão apenas na sua segunda temporada na NFL, normalmente uma receita desastrosa para defrontar um quarterback com a capacidade e experiência de Tom Brady.

"Eles [os Patriots] são difíceis de defender," reconheceu Dan Quinn. "Usam uma variedade de formações, de grupos de pessoal, têm um livro de jogo enorme, desde o jogo aéreo ao jogo corrido, esquemas para criação de espaços, esquemas de trap no jogo corrido, o jogo rápido. É um ataque que é bem versado. Eles têm maneiras diferentes de te atacar."

TOM BRADY É A CHAVE

Ao todo, apenas cinco dos jogadores dos Falcons é que já participaram num Super Bowl, mas nos Patriots metade da equipa defrontou Seattle e Tom Brady, por exemplo, vai jogar na sua sétima final.

Há dois anos, frente a um sistema defensivo semelhante, na altura utilizado por Dan Quinn em Seattle, Tom Brady totalizou 328 jardas em passes e conseguiu quatro touchdowns, embora tenha sofrido duas interceções. Mas, no quarto período esteve imparável, completando 13 de 15 passes, totalizando 124 jardas e dois touchdowns para guiar os Patriots à vitória.

Segundo foi indicado por vários analistas, os Falcons usam quatro jogadores na linha defensiva, os* cornerbacks, normalmente Robert Alford na esquerda e Jalen Collins na direita, pressionam e o *free safety Ricardo Allen joga muito recuado.  

Uma das diferenças em relação a Seattle é que Atlanta usa mais* blitzes*, mas um dos pontos fortes de Tom Brady é precisamente saber explorar os espaços vazios que são criados quando as defesas adversárias correm esse tipo de risco.

A espinha dorsal do plano de jogo já foi elaborada e vai ser distribuída hoje durante as reuniões com os jogadores. Mas, até ao dia 5 de fevereiro ainda vão ser acrescentadas algumas alterações.

"Ainda estamos no processo de aprendizagem desta defesa contra quem nos estamos a preparar para defrontar, e a estudá-los muito profundamente para ficarmos a conhecer o seu pessoal e o seu esquema," revelou Josh McDaniels. "Espero que possamos tomar algumas boas decisões sobre como utilizar o nosso pessoal. Temos muitos jogadores que podem contribuir de muitas maneiras diferentes, e eles estarão prontos para o fazer à medida que continuamos a nossa preparação para Atlanta.

Durante o dia de quarta-feira não haverá contactos com a comunicação social, pois o dia vai ser totalmente preenchido com reuniões entre os treinadores e as várias unidades da equipa, os vários sectores. 

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