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Replay: Patriots Unfiltered Wed Nov 20 - 02:00 PM | Thu Nov 21 - 11:55 AM

Secundária dos Patriots está preparada para o grande teste

Supostamente vai ser a luta decisiva neste Super Bowl, a batalha entre a secundária dos Patriots e o quarterback Matt Ryan e os receivers de Atlanta. E, também supostamente, a vantagem pende para o lado de Atlanta. Mas, entre os Patriots ninguém dá o braço a torcer. Como sempre, muito respeito pelo adversário, mas a preparação prossegue e a confiança persiste.

O wide receiver Julio Jones continua a ser o centro das atenções nas análises ao Super Bowl. Fora da Nova Inglaterra pensa-se que a secundária dos Patriots não vai conseguir anular, nem sequer minimizar o impacto de Jones. Marcação homem-a-homem, segundo Jones, não poderá ser feita por apenas um jogador, mesmo que seja Malcolm Butler. Se os Patriots decidirem destacar um dos safeties para ajudar Butler, isso simplesmente irá criar espaços vazios que serão explorados pelos outros* receivers*. Portanto, para ele, não há nada a fazer.

Na quinta-feira Jones abordou o assunto.

"As equipas têm tentado retirar-me do jogo em todos os jogos, nada vai mudar para mim, ou para o nosso ataque. Eu compreendo que vão tentar retirar-me do jogo porque eu sou uma ameaça, mas nós temos tantas outras armas no ataque. Eles veem isso nos filmes, vão tentar fazer o que poderem, vão tentar obrigar outros jogadores a darem um passo em frente e completar jogadas e depois vão fazer os ajustamentos durante o jogo, e tentar retirar-me," disse Jones.

O running back Devonta Freeman, que ainda não compreendeu que contra os Patriots quem mais fala, menos rende, acrescentou que na sua opinião Julio Jones "é o LeBron James de basquetebol a jogar football, ele é assim tão bom, eu vejo como ele trabalha, como ele corre nas rotas, eu sei como ele corre as rotas, é muito físico, ele consegue fazer tudo."

O coordenador ofensivo dos Falcons, Kyle Shanahan, também foi na mesma onde, tendo dito que "as coisas que fazem ao Julio diferem, por vezes arriscam toda a cobertura só para o tirarem do jogo, aconteceu muito mais no ano passado do que este ano, e nós temos conseguido que paguem mais caro por isso este ano. Tem sido a chave de tudo, mas eles (os Patriots) têm que o fazer porque o Julio é tão especial. Eu compreendo."

A REAÇÃO DOS PATRIOTS

Quem segue os Patriots duvida que Shanahan compreenda como é que as coisas se fazem em Foxboro. Como sempre, mostra-se muito respeito pelo adversário, trabalha-se ao máximo na preparação e depois tenta-se colocar em campo um plano de jogo que permita anular as melhores armas do adversário.

As palavras vindas dos Falcons sugerem que Jones será a arma principal e como tal a secundária dos Patriots vai ter uma noite muito complicada. Mas, os Patriots não caiem facilmente neste tipo de conversa.

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"Teremos que jogar bem coletivamente na defesa. Um só jogador não os pode parar, e não podemos defender só um jogador,' disse o treinador Bill Belichick. "Eles têm muitos jogadores excelentes e estão muito bem treinados pelo treinador (Kyle) Shanahan e a sua equipa técnica ofensiva. Eles criam muitos problemas para a defesa. Nós vamos ter que estar bem coletivamente na defesa e fazer um bom trabalho na orientação técnica. Tenho a certeza que nós vamos ter que fazer alguns ajustes durante o jogo e perceber algumas coisas [que eles estejam a fazer] à medida que o jogo for decorrendo."

"Obviamente, este é o nosso maior desafio do ano, o melhor ataque que temos defrontado. Vamos ter as mãos cheias, sabemos isso."

Não é um dado adquirido que será Malcolm Butler a fazer a marcação direta a Julio Jones devido à diferença na estatura entre os dois jogadores, pois Butler pesa menos 25 libras, cerca de 10,5 quilos, e tem menos quatro polegadas de altura, 10 centímetros. Por isso, calcula-se que Patrick Chung dê uma ajuda, pois pesa apenas menos dois quilos do que Jones.

Há mesmo quem considere que Chung é um defesa híbrido, que se pode adaptar a vários lugares.

"Tu tens que fazer o que precisas de fazer," disse Patrick Chung. "Não sei bem se sou assim tão versátil, sei é que me considero abençoado por ter o corpo que tenho. Posso fazer muitas coisas, mas eu trabalho arduamente. [O treinador] Bill [Belichick] confia em mim para me colocar em muitos papéis diferentes e encaro isso como um privilégio. Tenho que ir para o campo e basicamente mostrar que posso fazer essas coisas."

"Muito sinceramente, penso que o [Patrick] Chung é um linebacker no corpo de um safety," sugeriu Dont'a Hightower, um dos capitães da defesa. "Ele é agressivo…sabe muito sobre os esquemas de bloqueio. Em muitos sentidos, ele é como um jogador híbrido - é um safety e é um linebacker. Ele conhece os encaixes no jogo corrido e também conhece os aspetos da cobertura. Ele definitivamente ajuda-nos a fazer um muitas coisas no sector recuado."

A experiência, pois Patrick Chung já está na NFL há oito temporadas, permitiu-lhe concluir que Atlanta tem um ataque muito versátil e por isso a defesa não pode concentrar-se apenas em tentar defender Julio Jones.

"É o ataque todo. Eles têm bons* receivers,* running backs explosivos, um grande quarterback," observou Chung. "Eles são bons, e nós temos que tentar obrigá-los a abrandar. Eles vão ter os seus grandes jogadores, pois também são pagos. Só temos que fazer o nosso trabalho, e penso que vamos estar bem."

Esta confiança deve-se ao facto de Patrick Chungconsiderar que a defesa dos Patriots "é inteligente, forte, física, agressiva. Nós jogamos uns para os outros, somos uma família na defesa. Não somos os Bears, somos os Patriots. Não quero saber do que alguém diga sobre isso, nós somos uma grande defesa. Temos que jogar o nosso melhor jogo para ganhar este jogo."

O treinadorBill Belichick tem vindo a salientar que o sucesso desta unidade vai depender da forma como todos jogarem em termos coletivos e não apenas da exibição de um ou dois jogadores. Daí o termo 'família' continuar a ser aplicado à defesa dos Patriots.

Patrick Chung: a defesa é uma família

"Nós jogamos uns para os outros, tu jogas para a pessoa que está ao teu lado", explicou Chung. "Eu posso ir para casa e se tiver um problema posso ligar para um dos meus colegas de equipa e falar com ele. Estes são os meus irmãos. Se lhes acontecer alguma coisa a eles, acontece comigo. E vice-versa, é isso que sinto. O nosso balneário está repleto de bons rapazes, e não um grupo de pessoas a fazerem tolices. Uma fraternidade."

Curiosamente, um dos aspetos mais frequentemente mencionados pelos defesas nesta sua preparação para os Falcons é as dificuldades que eles passam todos os dias nos treinos quando são obrigados a defrontar Tom Brady e o ataque dos Patriots.

"Sim, quer dizer, ajuda," confirmou Patrick Chung. "Tu tens o melhor quarterback a jogar e a lançar a bola contra ti e tu tens que tentar detê-lo. Definitivamente melhora a nossa equipa, na verdade toda a nossa equipa. O ataque, a defesa, todos estão a ver. Tu alimentas-te com esse tipo de coisas."

"Ele [Brady] tem tudo, técnica, força no braço, decisões. Tem tudo."

E Dont'a Hightower acrescentou que é preferível jogar aos domingos do que ter que enfrentar Tom Brady nos treinos.

"Absolutamente. De longe," disse Hightower.

E o mesmo pode ser aplicado ao jogo corrido de Atlanta.

"É quase a mesma coisa, eles têm dois [running backs]. Dois, que podem jogar ao mesmo tempo, mas a maior parte das vezes, ou é um ou o outro," indicou Patrick Chung. "Nós sabemos quais são os seus pontos fortes e quais são os seus pontos fracos, é só jogar. Eles são ótimos. Eles são bons running backs. Os dois são diferentes, mas mesmo assim são muito bons. Só temos que fazer o que temos que fazer, utilizar a nossa técnica e penso que tudo correrá bem."

E a versatilidade dos running backs dos Patriots também tem ajudado a sua defesa a preparar-se para os* running* backs adversários.

"Sim, sem dúvida que nos ajuda," confirmou Patrick Chung. "Temos uma grande variedade entre os nossos running backs e isso tem-nos ajudado ao longo da temporada."

"Todos os jogos são diferentes. O plano de jogo é diferente. Aprendemos isso na sala de reuniões. Estamos todos na sala de reuniões a aprender as mesmas coisas, por isso estamos todos na mesma página, torna tudo muito mais fácil," concluiu Patrick Chung.

Devin McCourty: é preciso perturbar Matt Ryan

Já o safety Devin Mc Courty, um dos capitães da defesa, elemento preponderante da secundária, considera que um dos fatores mais importante será a perturbação que possa ser feita ao quarterback Matt Ryan no jogo aéreo.

"É a chave, ninguém quer dar demasiado a conhecer, neste que é o jogo mais importante do ano," indicou McCourty. "Obviamente [Atlanta tem] um ataque muito talentoso, não é só o Matt Ryan, eles têm imensas armas. Por isso é continuar com a nossa rotina, seguir o mesmo caminho esta semana, fazer o que temos feito durante toda a temporada, e ir para o campo e sermos competitivos."

Em relação a Julio Jones, Devin McCourty reconheceu tratar-se de um jogador muito difícil de segurar, mas tal só poderá ocorrer graças a um trabalho coletivo.

"Vai ter que ser toda a equipa, não podemos permitir que ele esteja marcado homem-a-homem o jogo inteiro," avisou McCourty. "Ele é um jogador difícil de parar, e vocês conhecem-nos, nós vamos para o campo para competir, os quatro ou cinco jogadores na secundária estão focados e vão para o campo para tentar chocar o mundo."

Malcolm Butler, que possivelmente poderá vir a fazer a marcação individual a Julio Jones, pois normalmente é ele quem marca o melhor receiver da equipa adversária, foi muito reservado nas suas respostas.

Como foi o herói da vitória de há dois anos, perguntaram-lhe se ele costuma recordar aquele lance decisivo.

"Na realidade, não tenho. Este é um novo jogo, por isso temos que começar agora," respondeu Butler.

Apesar de não passar tempo a recordar o passado, Malcolm Butler reconhece que a presença num novo Super Bowl tem "um grande significado. Nós trabalhámos arduamente para chegar aqui e merecemos estar aqui. Mas isso não significa nada a não ser que ganhemos o jogo. O domingo vai dizer tudo."

Malcolm Butler mnteve a mesma preparação

E embora seja um jogo decisivo, de extrema importância, Malcolm Butlernão mudou nada na sua preparação.

"Não. É apenas abordar como se fosse mais um jogo, mas ao mesmo tempo é um jogo mais importante. Tu tens que estar pronto para jogar," explicou Butler. "É mais um jogo, é um grande jogo, significa muito, mas tu tens que estar preparado para jogar, seja que jogo for. Este é o maior, por isso ou vais ganhar ou vais perder. Tens é que estar preparado."
Para Malcolm Butler, a chave para a vitória é "entrar em campo e jogar de forma inteligente, um football duro, físico. Jogar como equipa, perseguir a bola, tentar impedir grandes avanços. Ir para o campo e jogar football. A única coisa que podemos fazer é ir para o campo, jogar e ver como as coisas correm."

E a encerrar, um comentário de Ben Roethlisberger, o quarterback dos Steelers. Quando lhe perguntaram quem ganharia o Super Bowl, preferiu não responder, mas acrescentou que "a defesa dos Patriots é melhor do que vocês pensam."

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